

Governo Trump exclui Harvard de receber ajudas federais
A secretária de Educação dos Estados Unidos assegurou nesta segunda-feira (5) que Harvard deixará de receber recursos federais, uma decisão que intensifica a batalha da administração do presidente Donald Trump com essa universidade de prestígio, que recorreu aos tribunais contra os cortes.
Há semanas o governo do magnata republicano trava conflitos com Harvard e outras instituições de ensino superior por supostamente tolerarem o antissemitismo em seus campi, o que ameaça seus orçamentos, sua isenção fiscal e as matrículas de estudantes estrangeiros.
Em uma carta enviada ao reitor de Harvard, a secretária de Educação Linda McMahon afirmou que a universidade "já não deveria solicitar subvenções ao governo federal, pois não serão concedidas".
McMahon alegou que a famosa instituição "descumpriu com suas obrigações legais, seus deveres éticos e fiscais, suas responsabilidades em matéria de transparência e qualquer indício de rigor acadêmico".
Harvard, que figura entre as melhores universidades do mundo, despertou a ira de Trump ao se negar a cumprir suas exigências de aceitar a supervisão governamental de suas admissões, suas práticas de contratação e sua orientação acadêmica.
Isso levou o governo a congelar, em meados de abril, US$ 2,2 bilhões (R$ 12,4 bilhões) em recursos federais, com um total de US$ 9 bilhões (R$ 50,8 bilhões) em revisão.
McMahon, ex-CEO da promotora de luta livre WWE, afirmou que sua carta "marca o fim das novas ajudas [governamentais] para a universidade".
Harvard é a instituição de ensino superior mais rica dos Estados Unidos, com um patrimônio avaliado em US$ 53,2 bilhões em 2024 (R$ 300 bilhões, na cotação atual).
O governo Trump também tomou medidas para revogar vistos e deportar estudantes estrangeiros de várias universidades que participaram de protestos contra Israel e a guerra em Gaza.
A administração os acusa de apoiarem o movimento islamista palestino Hamas, cujo ataque de 7 de outubro de 2023, em território israelense, desencadeou o conflito.
M.Kohnen--JdB