Journal De Bruxelles - OMS aprova acordo internacional para prevenir pandemias e melhorar a cooperação

OMS aprova acordo internacional para prevenir pandemias e melhorar a cooperação
OMS aprova acordo internacional para prevenir pandemias e melhorar a cooperação / foto: Fabrice COFFRINI - AFP

OMS aprova acordo internacional para prevenir pandemias e melhorar a cooperação

O acordo internacional sobre a prevenção e cooperação contra pandemias foi aprovado nesta terça-feira (20) na Organização Mundial da Saúde (OMS), depois de mais de três anos de negociações intensas.

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"Este acordo é uma vitória para a saúde pública, a ciência e a ação multilateral. Coletivamente, nos permitirá proteger melhor o mundo contra futuras ameaças pandêmicas", declarou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, citado em um comunicado.

O texto foi adotado em Genebra, durante a reunião anual dos países membros da OMS, e instaura uma coordenação global mais precoce e mais eficaz para prevenir, detectar e responder rapidamente a uma futura pandemia.

Tudo isso após o fracasso da coordenação coletiva para enfrentar a covid-19 há cinco anos, quando os países em desenvolvimento enfrentaram um cenário de vacinas insuficientes, acumuladas pelos países ricos, além de escassez de materiais para realizar testes e insumos básicos para atender pacientes, como os respiradores.

O acordo busca garantir um acesso equitativo a produtos de saúde em caso de nova pandemia.

O pacto adotado nesta terça-feira representa um sucesso ao final de um processo de negociação difícil, em um contexto de cortes drásticos no orçamento da OMS, que cada vez enfrenta mais crises.

E embora a saída dos Estados Unidos da OMS, decidida pelo presidente Donald Trump ao retornar à Casa Branca em janeiro, apenas se torne efetiva em janeiro de 2026, Washington já havia se afastado das negociações nos últimos meses. O país não enviou representantes à assembleia da organização.

"A pandemia de covid-19 foi um eletrochoque. Nos lembrou de forma brutal que os vírus não conhecem fronteiras, que nenhum país, por mais poderoso que seja, pode enfrentar sozinho uma crise de saúde mundial", destacou a embaixadora francesa para a saúde mundial e copresidente das negociações, Anne-Claire Amprou.

S.Vandenberghe--JdB