EUA está otimista sobre impulso para encerrar guerra na Ucrânia
Funcionários americanos demonstraram otimismo nesta terça-feira (25) sobre o impulso para colocar fim à guerra na Ucrânia, mas reconheceram que ainda há pontos de atrito sobre o plano dos Estados Unidos para encerrar o conflito em andamento há quase quatro anos.
Washington pressiona Kiev a aceitar propostas que, segundo o governo ucraniano, fazem muitas concessões a Moscou.
Neste sentido, a Casa Branca afirmou, nesta terça-feira, que os pontos conflitantes no diálogo entre Ucrânia e Rússia para acabar com a guerra não são "insuperáveis", mas exigiriam mais negociações.
"Os Estados Unidos conseguiram um tremendo progresso para um acordo de paz", publicou no X a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt.
"Há alguns detalhes delicados, mas não insuperáveis, que devem ser resolvidos e exigirão mais conversas entre Ucrânia, Rússia e Estados Unidos", acrescentou.
O diálogo entre o secretário do Exército dos Estados Unidos, Dan Driscoll, e delegados russos sobre o plano americano está avançando, segundo seu porta-voz.
Na segunda e na terça-feira, "o secretário Driscoll e sua equipe estiveram em discussões com a delegação russa para alcançar uma paz duradoura na Ucrânia", disse o tenente-coronel Jeff Tolbert, porta-voz de Driscoll.
"As conversas vão bem e continuamos otimistas", acrescentou.
O secretário americano se reunirá com uma delegação da Rússia em Abu Dhabi nesta terça, segundo a imprensa americana e britânica, poucos dias após as conversações com a Ucrânia em Genebra para tentar acabar com o conflito.
Vários meios de comunicação americanos indicaram, no mesmo dia, que um funcionário dos EUA afirmou que a Ucrânia aceitou um acordo de paz.
"Driscoll esteve muito envolvido no processo de paz nos últimos dias", afirmou ao Financial Times uma fonte do governo americano que não foi identificada.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, não negou nem confirmou os encontros.
O plano proposto pelo presidente Donald Trump, originalmente de 28 pontos, sugeria que a Ucrânia cedesse os territórios de Donetsk e Luhansk e reduzisse seu exército, demandas que Kiev descreveu como inaceitáveis.
A.Parmentier--JdB