Journal De Bruxelles - Lula critica 'protecionismo de países ricos' em cúpula empresarial da Asean

Lula critica 'protecionismo de países ricos' em cúpula empresarial da Asean
Lula critica 'protecionismo de países ricos' em cúpula empresarial da Asean / foto: Vincent Thian - POOL/AFP

Lula critica 'protecionismo de países ricos' em cúpula empresarial da Asean

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o "protecionismo de países ricos" e pediu uma aliança dos países do Sul Global, em uma cúpula empresarial de países do Sudeste Asiático.

Tamanho do texto:

"Não podemos aceitar o fim do multilateralismo. Nós não podemos aceitar a ideia do protecionismo", declarou Lula no fórum organizado no âmbito da cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) na capital da Malásia.

Lula, que na segunda-feira completa 80 anos, advertiu que, se os países do Sul Global não se unirem, "sofreremos com o protecionismo de países ricos ao mesmo tempo em que somos pressionados a abrir mercados".

"Enquanto outros apostam na rivalidade e na competição, nós escolhemos a parceria e a cooperação", afirmou o mandatário brasileiro, em uma aparente referência às tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em meio a uma guerra comercial que tem atingido, em diferentes graus, quase todo o mundo.

Insistiu, ainda, que "quanto mais liberdade para fazer negócio, e quanto mais multilateralismo, mais a gente vai ter, enquanto países, chances de crescer".

Lula também citou a cúpula climática COP30, que será realizada em novembro em Belém do Pará, e alertou que o mundo caminha para um aumento de temperatura superior a 2°C.

"A comunidade internacional não pode chegar à COP30 para decretar a morte do Acordo de Paris", de 2015, que estabeleceu os compromissos para reduzir as emissões que causam o aquecimento global.

Para Lula, é possível "sair da COP30 com novas ideias para responder a esse desafio de forma mais efetiva do que temos feito".

F.Dubois--JdB