China quer aumentar importações e desenvolvimento de alta tecnologia
A China deve equilibrar suas importações e exportações e promover um desenvolvimento em larga escala de suas indústrias de tecnologia na próxima década, afirmaram autoridades do país um dia após o encerramento de uma importante reunião do Partido Comunista.
Os quatro dias de encontros a portas fechadas da cúpula do partido governante para definir a direção política e econômica do país até 2030 terminaram na quinta-feira.
A China enfrenta uma desaceleração do crescimento econômico, afetado pela baixa demanda interna, por uma persistente crise no setor imobiliário e pela guerra tarifária com os Estados Unidos.
"Devem ser feitos esforços para aumentar as importações (...) para atender às necessidades de transformação e avanço industrial, além da necessidade da população por uma vida melhor", disse o ministro do Comércio, Wang Wentao.
Em uma entrevista coletiva, o ministro também defendeu a criação de um ambiente de investimento mais favorável para atrair empresas estrangeiras.
"Precisamos polir a marca dos investimentos na China, criar novas vantagens para atrair investimento estrangeiro (...) criar um ambiente de negócios transparente, estável e previsível", acrescentou.
O desenvolvimento do mercado e dos investimentos internos ganhou ainda mais importância na China devido às tensões comerciais com os Estados Unidos, agravadas com a chegada de Donald Trump à presidência em janeiro.
Wang afirmou que "China e Estados Unidos podem encontrar formas de resolver as preocupações um do outro" e "promover um desenvolvimento saudável, estável e sustentável" em suas relações econômicas.
Por sua vez, o presidente da agência nacional chinesa de planejamento econômico, Zheng Shanjie, anunciou um avanço em larga escala das indústrias de alta tecnologia do país.
Setores como "a tecnologia quântica (...), a energia de hidrogênio e de fusão nuclear, (e) as interfaces cérebro-computador (...) estão a ponto de ganhar impulso", declarou Zheng, presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma.
As novas capacidades que serão adicionadas nos próximos 10 anos "deverão remodelar o setor de alta tecnologia da China", afirmou.
F.Dubois--JdB