

G7 quer isentar multinacionais dos EUA de imposto mínimo global
As nações do G7 disseram, neste sábado (28), que concordaram em isentar as empresas multinacionais dos Estados Unidos do imposto mínimo global, uma vitória para o governo do presidente Donald Trump, que pressionou fortemente por esse compromisso.
O acordo permitirá que as empresas americanas sejam tributadas apenas em seu país de origem, tanto pelos lucros nacionais quanto pelos estrangeiros, afirmou o G7 em um comunicado emitido pelo Canadá, que detém a presidência rotativa do grupo.
O acordo foi alcançado em parte devido às "mudanças recentemente propostas ao sistema fiscal internacional dos Estados Unidos" incluídas na principal legislação de política interna de Trump, que ainda está sendo debatida no Congresso, segundo o comunicado.
Este sistema paralelo poderia "proporcionar maior estabilidade e certeza no sistema fiscal internacional no futuro", acrescentou o texto.
Quase 140 países chegaram a um acordo em 2021 para tributar as empresas multinacionais, um acordo negociado sob os auspícios da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Esse acordo, profundamente criticado por Trump, estabelece uma alíquota mínima de imposto global de 15%. A OCDE decidirá, por fim, se isentará ou não as empresas americanas desse imposto.
O G7 disse que esperava "alcançar rapidamente uma solução aceitável e aplicável para todos".
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, garantiu na quinta-feira que um acordo desse tipo, "que defende os interesses americanos", seria alcançado entre os países do G7.
O G7 reúne sete das economias mais avançadas do mundo: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Japão, Itália e Reino Unido.
Bessent também pediu aos legisladores americanos que retirassem uma medida do megaprojeto de lei de Trump que permite ao governo impor tributos a empresas com proprietários estrangeiros e a investidores de países considerados injustos em sua taxação às empresas americanas.
Esta cláusula, vista como uma medida de retaliação, gerou muitas preocupações por ser considerada um impedimento para que empresas estrangeiras invistam nos Estados Unidos.
M.Kohnen--JdB