Journal De Bruxelles - Inflação nos EUA volta a aumentar em maio a 2,3% em 12 meses (índice PCE)

Inflação nos EUA volta a aumentar em maio a 2,3% em 12 meses (índice PCE)
Inflação nos EUA volta a aumentar em maio a 2,3% em 12 meses (índice PCE) / foto: RONALDO SCHEMIDT - AFP/Arquivos

Inflação nos EUA volta a aumentar em maio a 2,3% em 12 meses (índice PCE)

A inflação nos Estados Unidos voltou a aumentar em maio, segundo índice oficial PCE publicado nesta sexta-feira (27), de referência para o Fed (Federal Reserve, banco central americano), em linha com o esperado por analistas.

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O índice de preços baseado em gastos de consumo pessoal (PCE) aumentou 2,3% nos 12 meses finalizados em maio, frente aos 2,2% registrados no mês anterior (valor revisado para cima), informou o Departamento de Comércio.

Os dados chegam ao mesmo tempo em que o presidente Donald Trump afirma que a inflação não é mais um problema.

Mas os analistas esperavam esse aumento, segundo o consenso publicado pelo MarketWatch.

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, também afirmou esta semana ante o Congresso que esperava que o PCE aumentasse a 2,3% em maio.

Desde que retornou à Casa Branca em janeiro, Trump impôs tarifas generalizadas às importações da maioria dos parceiros comerciais dos Estados Unidos, assim como sobre a entrada de aço, alumínio e automóveis.

Mas, por enquanto, elas não causaram um aumento generalizado dos preços, em parte porque Trump reduziu ou adiou a entrada em vigor das tarifas mais altas, e também porque as empresas têm se apoiado em seus estoques anteriores para não repassar os custos aos consumidores.

Isso levou o presidente americano a afirmar que não havia "inflação" e a exigir que o banco central cortasse suas taxas de juros de referência para estimular a economia.

No entanto, os economistas esperam que leve vários meses para que as tarifas se reflitam nos preços ao consumidor, e o Fed está agindo com cautela. Na semana passada, o banco central manteve as taxas por quatro reuniões consecutivas, entre 4,25% e 4,5%.

A instituição financeira mantém as taxas altas se a inflação estiver elevada, para esfriar o consumo e, com isso, reduzir as pressões de alta sobre os preços. Quando a inflação é baixa, o banco central pode reduzir as taxas para impulsionar a atividade econômica.

Segundo os dados de sexta-feira, a inflação subjacente, que exclui os preços voláteis de alimentos e energia, foi de 2,7% em 12 meses, ligeiramente acima das expectativas.

K.Willems--JdB